Deus é soberano sobre tudo e sobre todos. Desde toda a eternidade, ele determinou soberanamente, tudo quanto há de suceder, e executa a sua soberana vontade em toda a criação de conformidade com o seu plano predeterminado. Nas palavras de Wayne Grudem “os decretos de Deus são os divinos desígnios eternos por meio dos quais, antes da criação do mundo, ele determinou tudo o que acontece”. Em face disto iremos ressaltar algumas características do Decreto de Deus para melhor compreensão do assunto.
1. É ETERNO. É eterno no sentido em que o decreto nasceu na mente eterna de Deus. Que Deus desde toda a eternidade preordenou todas as coisas que acontecem (Atos 15. 18). Ele conhece o final desde o princípio.
2. É SÁBIO. Todas as coisas acontecem pela sábia providência divina (Salmos 104. 24). O universo não é governado por destino ou sorte, mas por um Deus pessoal e sábio. Devemos ver a mão de Deus nos acontecimentos de todos os dias, pois ele faz cooperar todas as coisas para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8. 28).
3. É EFICAZ. Uma vez que nada pode frustrar o seu propósito e aquilo que ele decretou certamente sucederá. Jó disse: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42. 2).
4. IMUTÁVEL. Os planos humanos podem ser alterados por vários motivos. No entanto, os desígnios de Deus não mudarão, porque Deus é imutável, fiel e verdadeiro. A Bíblia diz: “O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações” (Salmos 33. 11).
5. É UNIVERSAL. Isto significa que tudo o que se passa no mundo está debaixo da soberania divina. Tanto as boas ações dos homens quanto seus atos iníquos (Efésios 2. 10 e Atos 2. 23), os meios bem como o respectivo fim (2 Tessalonicenses 2. 13 e Efésios 1. 4), a duração da existência humana (Salmos 139. 16) e o lugar de sua habitação (Atos 17. 26).
6. COM REFERÊNCIA AO PECADO, O DECRETO É PERMISSIVO. Deus não pode ser autor do pecado porque Ele é santo e o pecado é uma violação de sua vontade. Segundo o teólogo Berkhof:
O decreto de Deus torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus por seu próprio ato o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da autodeterminação da criatura, mas, todavia regular e controlar os seus resultados (Salmos 78. 29; 105. 15; Atos 14. 16; 17. 30).
Deus nos criou com a característica da responsabilidade pelos próprios atos, e assim somos!
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